Todo mundo sabe que o país está em crise e de como é difícil economizar nesses tempos árduos e que dinheiro no bolso, afinal, não aparece como em um passe de mágica e é preciso muita sabedoria para fazê-lo render mais.
Contudo, a economista Christiane Monteiro que é especialista em psicologia positiva e militante contra o endividamento, dá dicas para quem precisa (e quer) economizar. "Já tive uma cliente que economizou R$ 10 mil em um ano cortando o gasto excessivo com o celular e as despesas compulsivas ou não planejadas", conta ela. Aprenda como fazer também e boa sorte.
Defina seu padrão de vida
A regra básica para poupar dinheiro é saber equilibrar renda e despesas. A partir de uma avaliação coerente sobre os ganhos mensais, é preciso definir então como e com o que o dinheiro será gasto. "Não adianta querer gastar R$ 5 mil por mês se o salário é de R$ 2,5 mil. É fundamental conhecer as fontes de gastos e viver de acordo", recomenda a economista Christiane Monteiro.
Com isso em mente, fica mais fácil economizar, segundo a especialista. "No fim do mês, pelo menos 10% da renda deve estar convertida em uma reserva financeira", alerta.
Organize o orçamento doméstico
Em geral, as mulheres têm uma boa noção de gastos individuais, mas não sabem quanto cada despesa representa no orçamento doméstico total. A elaboração de um orçamento que contemple todas elas, incluindo as variáveis como salão, roupas e produtos de beleza, ajuda a controlar os gastos.
"A partir dessa análise, você deve verificar onde gasta mais e o que pode fazer para economizar e atingir suas metas. Uma dica é colocar tudo no papel ou em uma planilha. O fato de registrar os gastos gera um compromisso com a economia, que deixa de ficar só no plano das ideias", ensina a economista.
Estipule metas
Registrar os objetivos no papel e desenvolver um plano de ação para alcançá-los evitam o desvio de foco na economia. "As metas são individuais, mas é possível dividi-las em curto, médio e longo prazo. O brasileiro, por causa do histórico de inflação, aprendeu a consumir mais do que deve com medo de um possível aumento dos preços, mas essa preocupação está ultrapassada. Agora é possível alocar 10% do salário para comprar um carro dentro de seis meses, por exemplo, 15% para uma viagem com a família todo ano ou até mais para se comprar uma casa. Tudo depende de planejamento", diz Christiane Monteiro.
Prepare-se para o inesperado
Perda do emprego e separação são situações que podem alterar radicalmente a estabilidade financeira, por isso, é bom estar preparada. "A melhor forma de fazer isso é construir uma reserva de emergência suficiente para cobrir as despesas por um período de seis meses, que é o tempo médio que uma pessoa leva para se reestruturar após uma mudança no padrão de vida", explica a expecialista.
O uso consciente do crédito, de acordo com ela, também é importante nessas situações de emergência. Fique atenta à última dica!
Tenha cuidado com o cartão de crédito
A facilidade das prestações é um convite ao consumo, mas é preciso ficar atenta: crédito não é uma extensão da renda, como muita gente pensa. "O cuidado mais importante é só usar o cartão de crédito para as compras programadas e que têm um valor alto. Fora isso, não ande com o cartão ou deixe-o no carro quando for ao shopping!", alerta a especialista em psicologia positiva Chistiane Monteiro.
Por fim, o que todo mundo já sabe, mas vale reforçar: ao pagar o cartão, nada de quitar só o valor mínimo, pois os juros da fatura vão fazer a dívida se multiplicar no mês seguinte. "Não dá pra esquecer também de pesquisar os preços. A gente sempre consegue dar um jeito de pagar mais barato", conclui ela.